Dia Mundial Sem Tabaco: Especialistas alertam sobre os riscos do cigarro eletrônico para a saúde pulmonar

No Dia Mundial Sem Tabaco, médicos especialistas em pulmão lançam um alerta preocupante: o cigarro eletrônico, popularmente conhecido como “vape” ou “pod”, representa sérios riscos à saúde pulmonar. Enquanto muitos o veem como uma alternativa mais segura ao tabaco convencional, pesquisas recentes revelam que esses dispositivos podem causar lesões pulmonares, síndrome respiratória aguda, doença pulmonar obstrutiva crônica, câncer de pulmão, aumento de crises de asma e até mesmo um aumento de 42% no risco de infarto agudo do miocárdio.

O cigarro eletrônico tem conquistado cada vez mais popularidade, principalmente entre os jovens, como uma suposta solução mais segura para o tabagismo. No entanto, evidências científicas demonstram que esses dispositivos não são inofensivos quanto se acredita.

Os cigarros eletrônicos contêm líquidos que são aquecidos e transformados em vapor, o qual é inalado pelos usuários. Esses líquidos geralmente contêm nicotina, substâncias químicas saborizantes e outras substâncias que são prejudiciais aos pulmões.

Uma das preocupações é que esses dispositivos possam gerar aerossóis finos que contêm partículas sólidas e líquidas suspensas no ar. Essas partículas podem ser depositadas nos pulmões, principalmente nos alvéolos, que são as pequenas estruturas responsáveis pela troca de oxigênio e dióxido de carbono. Essa deposição pode resultar em inflamação crônica, irritação e danos permanentes aos tecidos pulmonares.

É importante ressaltar que os ingredientes específicos encontrados nos líquidos dos cigarros eletrônicos podem variar entre os diferentes produtos disponíveis no mercado. Além disso, a maneira como esses dispositivos são utilizados, a temperatura em que são aquecidos e a duração da exposição também podem influenciar a natureza e a quantidade de substâncias depositadas nos pulmões.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proíbe a importação, comercialização e propaganda de cigarros eletrônicos, incluindo seus componentes, que contenham nicotina. A justificativa para essa proibição baseia-se na falta de evidências científicas suficientes sobre a segurança e eficácia desses produtos. Não só, a ausência de uma regulamentação efetiva e a falta de padronização das essências podem resultar em riscos à saúde dos consumidores. Sem uma fiscalização adequada, não há garantia de que essas substâncias estejam em conformidade com padrões de qualidade e segurança, podendo conter compostos nocivos ou adulterados.

De acordo com o Dr. Eliezer Verdin, Cirurgião Torácico do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Campo Mourão, é possível presenciar cada vez mais crianças e jovens tendo acesso aos cigarros eletrônicos, o que é muito preocupante, visto que o hábito de fumar traz consequências seríssimas e cada vez mais cedo em nossa sociedade.

O Dia Mundial Sem Tabaco serve como um lembrete crucial de que o combate ao tabagismo, seja ele convencional ou eletrônico, é uma responsabilidade coletiva.

Para saber mais sobre o tema, a Santa Casa de Campo Mourão selecionou dois vídeos a respeito do assunto. Para acessar, basta clicar no link abaixo:

Campanha Mundial Sem Tabaco – Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia: https://www.youtube.com/watch?v=whwoju1Ibzo

Entrevista Dr. Eliezer Verdin e Dra. Bianca Galinari no quadro Amigos da Cidade, na Rádio Colméia News: https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=uldr27rp00I