Setembro Verde: Uma Jornada de Solidariedade e Esperança na Doação de Órgãos

Setembro Verde: Uma Jornada de Solidariedade e Esperança na Doação de Órgãos

Em setembro, uma cor especial assume os corações e mentes de milhares de pessoas em todo o país. Surge como um movimento dedicado a aumentar a conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos, com destaque para o Dia Nacional de Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro.

Neste sentido, setembro verde é mais do que apenas uma cor; é um símbolo de esperança, empatia e solidariedade. Ao longo do mês, instituições de saúde, organizações e comunidades se reúnem para aumentar a conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos como um ato que pode salvar vidas e fornecer uma segunda chance para aqueles em grande necessidade.

O que é doação de órgãos?

A doação de órgãos é um gesto nobre e altruísta que pode transformar vidas e criar um legado duradouro de solidariedade. É o processo de doação de órgãos saudáveis de um doador morto ou vivo para pacientes que precisam de transplantes. Um único doador pode salvar várias vidas fornecendo órgãos como coração, fígado, rins, pulmões e tecidos como córneas e pele.

Quais são os critérios para doação de órgãos?

A doação de órgãos é um ato que requer critérios específicos para garantir a segurança do receptor e a eficácia do transplante. Os critérios incluem compatibilidade entre o doador e o receptor, avaliação da condição de saúde do doente e diagnóstico de morte encefálica (ME), um requisito-chave para a maioria das doações de órgãos.

O que é a morte encefálica?

A morte cerebral ou morte encefálica, de acordo com o Ministério da Saúde é a constatação irreversível da lesão nervosa e significa morte clínica, legal e social. É um diagnóstico muito importante e é o ponto inicial para o desencadeamento do processo de doação e transplantes de órgãos. A ME deverá ser realizado por médicos especificamente habilitados protocolos rigorosos para garantir a precisão e a ética do diagnóstico.

Como é a constatação da Morte Encefálica?

A constatação da morte cerebral é um procedimento meticuloso, que respeita e as resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM) e envolve uma série de avaliações rigorosas realizadas por um pessoal médico altamente treinado e qualificado. Este processo é crucial para garantir a precisão do diagnóstico, respeitando tanto a dignidade do doador como a confiabilidade do transplante.

Não só é liderado por uma equipe multidisciplinar, que geralmente inclui neurologistas, neurocirurgiões e intensivistas. Esses profissionais têm conhecimentos avançados em neurologia e são treinados para realizar uma série de testes neurológicos que avaliam a atividade cerebral.

A Avaliação dos Critérios Clínicos

Para o diagnóstico da morte encefálica, um número de critérios clínicos rigorosos deve ser atendido. Um dos critérios mais importantes é a causa irreversível de lesão cerebral, que deve ser conhecida e compreendida através de uma lesão estrutural encefálica suficientemente grave para justificar o exame neurológico encontrado, através de um exame de imagem, seja uma tomografia ou ressonância magnética. É essencial que o paciente esteja em Glasgow 3, sem incursões ventilatórias voluntárias, sem o uso de sedação e bloqueadores neuromusculares. Além disso, a equipe médica realiza uma avaliação completa para descartar quaisquer outras condições que possam simular a morte encefálica.

Quais são os exames neurológicos e testes confirmatórios da Morte Encefálica?

O diagnóstico de morte encefálica envolve a realização de testes neurológicos específicos que avaliam a atividade cerebral. A avaliação clínica deve confirmar que o paciente em coma com ausência dos reflexos de tronco e de incursões respiratórias aparentes. Testes como o eletroencefalograma (EEG) podem mostrar a ausência de atividade elétrica no cérebro, enquanto o doppler transcraniano pode confirmar a falta de fluxo sanguíneo cerebral. Todos os exames realizados atendem ao Decreto Presidencial 9175/2017, e no final de 2017 foi publicada a Resolução do CFM nº 2173/2017, que atualizou os critérios para abertura do protocolo de morte encefálica e detalhou os procedimentos necessários para o fechamento do diagnóstico. Assim, o CFM promove, além da segurança do paciente, o reforço de seu importante papel social e de todos os médicos na preservação da vida, por meio da doação e transplantes de órgãos.

Ética e Respeito no Processo

A dignidade do doador e dos membros da sua família é sempre priorizada e o processo é conduzido de forma transparente e compassiva. Os profissionais de saúde envolvidos estão cientes da importância deste momento para a família do doador e são treinados para oferecer apoio emocional ao longo do processo.

Como funciona a Doação de Órgãos na Santa Casa de Campo Mourão?

No Hospital Santa Casa de Campo Mourão, a constatação de ME é realizada de acordo com as mais recentes diretrizes e protocolos médicos e em conformidade com as mais recentes leis brasileiras e resoluções do Conselho Federal de Medicina, visando garantir a qualidade e segurança no processo, sem ferir a ética e a autonomia das famílias. Nossa equipe multiprofissional especializada está empenhada em realizar este processo com rigor científico e sensibilidade humana, garantindo que a dignidade do doador e a precisão do diagnóstico sejam sempre respeitadas.

Como Posso me Tornar um Doador de Órgãos?

Tornar-se um doador de órgãos é um processo simples, mas impactante. Basta expressar sua vontade para sua família e, se possível, registrar sua decisão em documentos oficiais, sendo este último um ato não obrigatório, mas importante. Sempre lembrando de mostrar a sua vontade a todos aqueles que convivem com você. Com isso, você fornecerá esperança e oportunidade para aqueles que esperam por um transplante, oferecendo uma verdadeira chance de recuperação e qualidade de vida.

A Importância da Doação de Órgãos: Um Ato de Generosidade

A doação de órgãos transcende a vida física, estendendo-se como um ato de generosidade que deixa um legado de esperança e solidariedade. Um único doador pode transformar a trajetória de múltiplas vidas, proporcionando saúde, felicidade e uma chance de recomeçar para pessoas que estão lutando com doenças graves.

No Hospital Santa Casa de Campo Mourão, a doação de órgãos é parte integrante de nossa missão de cuidar da vida. Valorizamos e apoiamos a doação como um ato de amor ao próximo, conduzido com muita ética, respeito e responsabilidade.

Neste setembro Verde, a solidariedade floresce e a esperança se renova. Ao considerar a doação de órgãos, você está plantando sementes de generosidade que podem germinar em vidas transformadas e futuros renovados.